Promessa de Desespero


Bruno Luã da Silva Galvão*

Regressando da faculdade para casa, deparo-me com uma jovem que estava sentada por detrás de mim no ônibus coletivo em Recife. O interessante que muitas pessoas não se incomodam em falar alto quando estão atendendo ou realizando uma ligação ao celular ao meio de um aglomerado de pessoas.

Essa moça conversava com o namorado e fiquei à escuta. Curioso fui eu, mas despertou-me escrever este texto e refletir a triste realidade de separação de relacionamento que culmina infelizmente na vida dos jovens que mal iniciam a vida a dois. Não esqueci a célebre frase: “Promessa de Desespero”, claro que ouvi boa parte da sua conversa, pois coincidentemente o semáforo da avenida estava quebrado e houve um descontrole total no trânsito com a ausência dos guardas de trânsito.

A jovem simplesmente estava acabando seu namoro por infidelidade daquele em quem depositou toda confiança. Profunda e atuante realidade presente na vida de milhões de jovens que são envolvidas tanto em namoro como em casamento. A “Promessa de desespero” estava associada pelas inúmeras vezes em que o namorado da jovem jurava que não cometeria mais o erro ocasionado pelo “deslize”, talvez da traição, já que essa cena repetiu-se mais de uma vez. No momento de desespero garantia que o episódio não se repetiria mais. Quantos jovens rompem um relacionamento amoroso, e em alguns casos dão chances ao seu parceiro (a), mas cai no mesmo erro, que ocasiona e desmotiva jovens que acabam e sofrem frustração no que almejava juntamente com seu par: serem felizes e se unirem constituindo uma família.

Em nossa realidade é preciso criar uma cultura de fidelidade em vários âmbitos da vida social de um povo, seja ele referente ao relacionamento a dois, seja ele numa atitude mais simples que possa existir, pois é pelas pequenas coisas que se deve criar o apaixonamento pela fidelidade. Ora, no momento de encarar grandes dificuldades o aprendizado pela fidelidade irá combater e vencer o que parecia ser causa extraordinária de destruição.

Por isso é importante e necessário que os pais ensinem aos filhos a fidelidade desde a infância. Deparamos na psicologia educacional com a orientação advinda da teoria de um psicólogo em que os pais devem apresentar para os filhos na infância, brinquedos/jogos adequados cujos transmitam ensinamentos a partir de regras o qual ajude a perceber que para vencer é necessário cumprir, respeitar e ser fiel as normas determinadas pelo jogo. Sendo esse importantíssimo instrumento de aprendizado deve também ser feito uma alusão a própria vida que segue o mesmo ritmo de um determinado jogo.


* Acadêmico do curso de licenciatura plena em filosofia.

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