“Quero ver o direito brotar como
fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5,24)
EXPLICAÇÃO DO CARTAZ:
Todas as Campanhas da Fraternidade, que acontecem todo ano no Brasil, tem um tema e um lema que a inspiram. Este ano o versículo que inspirou o processo de criação do cartaz dessa Campanha da Fraternidade Ecumênica foi tirado no Livro do Profeta Amós, que viveu numa época anterior ao nascimento de Jesus e onde existia muita injustiça para com os menos favorecidos. Tal como hoje, quando vemos tantas pessoas sofrendo por falta de condições de habitação e saneamento básico. O saneamento básico compreende o abastecimento de água potável, o esgoto sanitário, a limpeza urbana, o manejo dos resíduos sólidos, o controle de meios de transmissão de doença e a drenagem de águas pluviais.
O tema da
CFE, é “Casa Comum, nossa responsabilidade”. Isso porque vivemos num lugar que
pertence a todos: a terra. E é responsabilidade de todos nós, cuidar desta
casa. Por isso o segundo objetivo é motivar a vivência ecumênica (independente
da religião e da Igreja que frequenta). Todas as pessoas que assumem a fé em
Jesus Cristo são chamadas a trabalhar juntas no cuidado da Casa Comum.
A Campanha da
Fraternidade Ecumênica segue a linha de raciocínio da encíclica Laudato Sì, escrita pelo Papa Francisco.
Ele apresenta a preocupação com a degradação ambiental, as mudanças climáticas
e a pobreza no mundo e aponta o ser humano como o principal responsável pelo
aquecimento do planeta, além de alertar para os riscos da privatização da água.
E nem sempre estamos atentos para atitudes simples,
por exemplo, o descarte correto do lixo, ligar nossas casas às redes de esgoto,
cuidar da água, entre outras. A falta desses cuidados fere a Criação, de forma
que, no lugar de flores, jardins e frutos diversos, vemos esgoto a céu aberto,
rios poluídos, sujeira por toda parte. E vão desaparecendo muitos animais e
plantas e o homem vai ficando doente.
A terra alegre fica triste. No entanto, a fé em
Jesus Cristo nos anima a assumirmos o cuidado com a Casa Comum como resposta ao
amor incondicional que Deus oferece a cada um e cada uma de nós. Assumir esse
compromisso reacende a esperança de um novo céu e uma nova terra onde habitam a
justiça e o direito.
É
isso que expressa o rosto da mulher em destaque
no cartaz. Ela reflete um semblante de esperança. Queremos que as
mudanças dos valores
que nos orientam nessa sociedade de consumo transformem o rio poluído em
água
cristalina e habitado por muitos peixes, a terra seca em uma terra
renovada e
abundante. Com essa transformação, poderemos dançar e celebrar a
esperança de
que o projeto da Casa Comum não terá fim, mas continuará por gerações e
gerações. Por isso vemos o esboço de várias pessoas, dançando e
segurando uma
redoma que simboliza o planeta terra e tudo que tem nele: plantas,
frutas,
flores, água e um pássaro que significa além dos animais, o Espírito
Santo que
nos anima nessa mudança. Na imagem também vemos um fundo onde mostra uma
área rural e uma urbana. E é isso que o cartaz nos diz: que juntos,
podemos
efetuar mudanças para o bem da nossa Casa Comum.
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