“SOMOS COMO TOCHAS, Se quisermos ACENDER, ILUMINAR, SER
LUZ, precisamos estar EMPAPADOS DE CRISTO”
Poderia chamar essa minha reflexão de: “ a espiritualidade
das tochas!” Para quem participou do VIII Sulão, sabe bem do que estou falando.
Quando as coisas não transcorrem conforme o planejado, almejado, somos invadidos por um sentimento de
frustração e isso é natural, porém, o bom mesmo, é quando tiramos grandes lições daquilo
que não deu certo.
Uma coisa é planejar,
elaborar um plano de ação, outra é colocar em prática. Só perceberemos o que
precisa ser mudado, melhorado, quando saímos da teoria.
Estamos vivendo um tempo de conscientização sobre a importância
e a necessidade de se fazer acontecer em nossas paróquias a Iniciação à vida
Cristã. Quantos estudos, quantos livros, documentos, simpósios, conferências
vem acontecendo abordando esse assunto, com o intuito de nos fazer despertar,
acordar para a real missão da catequese. Sabemos também que qualquer mudança, por
mais simples que seja, gera certo desconforto, justamente porque não acertamos
na primeira tentativa. Só teremos um resultado satisfatório, depois de muitos
erros e acertos.
Participando do VIII Sulão, quando vi a dificuldade de se acender aquelas
tochas, me vi pensando em muitas coisas, nas dificuldades enfrentadas para cumprir minha missão, enfim, pensando em nossa prática
catequética, inclusive na luta em mudarmos para a catequese de inspiração catecumenal.
Quantas tentativas, quanta coisa precisamos adequar, ajeitar, aparar as
arestas.
Aquelas tochas não se acenderam não por falta da insistência
daquela catequista. Todos
nós reunidos ali, com certeza, comungamos de um único desejo, encontrar uma
solução para acender as benditas tochas. E o Bispo que estava mais perto, dom
Jacinto Bergmann, até tentou ajudar, mas elas permaneceram acesas por pouco tempo, porque
não estavam embebidas de um líquido inflamável adequado.
Toda aquela situação foi providencial. Quando dom Leonardo Steiner, toma a palavra, iniciando sua fala, com a espiritualidade das tochas apagadas, aquele lugar foi tomado pelo Espírito Santo.
‘O CATEQUISTA PRECISA ESTAR EMPAPADO DE CRISTO, SE QUISER SER
LUZ...”
Num curto espaço de tempo, quanta coisa não passou pela
mentes dos que estavam naquele lugar.
‘SERÁ QUE ENQUANTO CATEQUISTA, LIDERANÇA, ESTOU EMPAPADA
DE CRISTO???”
TENHO SIDO LUZ PARA
MEUS CATEQUIZANDOS, PARA AS FAMÍLIAS DESSES CATEQUIZANDOS? TENHO FEITO A DIFERENÇA NA VIDA DELES?
TENHO SIDO LUZ NO MEU GRUPO DE CATEQUISTAS, NA COMUNIDADE ONDE
ATUO?
TENHO BUSCADO ME APERFEIÇOAR, ME ADEQUAR AOS TEMPOS ATUAIS?
TENHO TIDO ABERTURA ÁS PROPOSTAS DE MUDANÇAS?
TENHO CONSCIÊNCIA DA NECESSIDADE DE REVER A MINHA MANEIRA DE FAZER CATEQUESE?
Que
lindo, quando Deus usa daquele episódio das tochas que
não se acendiam, para nos passar a mística daquele encontro: Na
catequese dos novos tempos, ninguém, bispos, sacerdotes, coordenadores,
catequistas por mais
estudos, mais conhecimentos que tenham, não terão êxito, não tocarão
corações, se não
estiverem EMPAPADOS DE CRISTO.
Cabe a nós, refletir, ruminar o sentido dessas tochas no
símbolo usado para representar o VIII Sulão Bíblico-Catequético:
As tochas unidas, formam, juntas, uma única chama. E fazem
recordar as palavras de Jesus: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não anda
nas trevas” (Jo 8,12). Com essa afirmação de Jesus, os catequistas são
convocados a iluminar o mundo, expressando os valores do evangelho: partilha,
justiça e paz.”
Imaculada Cintra
http://catequeseebiblia.blogspot.com/2013/11/o-catequista-precisa-estar-empapado-de.html