UM MÊS COM MARIA - 10/31 DIA – O PECADO


O que é o pecado? É uma ofensa a Deus.

Se desobedece aos santos desejos de Deus, e se obedece às vontades da Carne, do demônio, do mundo. O pecado nos faz calcar os Mandamentos de Deus e nos faz amar as vontades dos nossos instintos e das nossas paixões. O pecado traz desordem, desequilíbrio, ruína, no homem e nas coisas, embora o pecador se iluda em achar que o pecado é um bem. Basta pensar no primeiro pecado, aquele de Adão e Eva. Atrás da sedução de se tornar “como Deus” o pecado trouxe a ruína a toda a humanidade e a toda a criação (Gn 3). Por que o dilúvio na terra? Por causa do pecado (Gn 6 e 7). Por que Sodoma e Gomorra foram incineradas? Pelo pecado (Gn 1, 1-29). Por que Tiro, Sidon, Corozain, Carfanaum e Jerusalém foram destruídas? Pelo pecado. Por que as guerras e as devastações entre os povos? Por que tantas famílias “são” um inferno? Por que tem tantos homens que vão para o inferno? Pelo pecado. Tinham razão alguns Santos em tremer só de ouvir pronunciar a palavra pecado.

 O pecado mortal

O pecado é mortal, se a ofensa a Deus é grave; é venial, se a ofensa a Deus é leve. A maior desgraça que pode acontecer aos homens é aquela de cometer um pecado mortal. São Pio de Pietrelcina usava exclamar “desgraçado”, a quem se acusava de uma culpa mortal. Nenhuma desgraça é comparável ao pecado mortal. Antes, seria preferível qualquer outra desgraça. Escreveu São Cipriano: “observa os danos que causa a saraiva às sementeiras, a pestilência aos armentos e aos homens, o vento aos navios… Eles não são mais que uma lânguida figura dos danos que o pecado traz à nossa alma: ele destrói todos os frutos das boas obras, corrompe todas as nossas faculdades e guia o homem à morte certa”. Por isso, fazia muito bem o pequeno e corajoso São Domingos Sávio, a sustentar a sua linda máxima: “A morte, mas não o pecado”. A morte, de fato, é só uma coisa física que reduz o corpo do homem em cadáver. O pecado, ao contrário, é um fato espiritual que reduz a alma do homem a um cadáver, enquanto este não recuperar a graça do Sacramento da Confissão. Um cristão com a alma de cadáver: eis a monstruosidade do pecado mortal.

 É assustador…

Para melhor compreender a monstruosidade do pecado mortal, é necessário olhar o calvário. O pecado do mundo fez de Jesus “o homem das dores” (Is 53,3), custou a morte de Jesus (1 Pd 1,19; Ap 5,9), “transpassou a alma” de Nossa Senhora (Lc 2,35). E quem comete novamente pecado mortal “crucifica de novo o filho de Deus no próprio coração” (Hb 6,6). Por isso, o pecado mortal faz perder a alma, a vida sobrenatural, ou seja, a graça divina, lhe faz perder os méritos e as virtudes infusas, deixando-lhe só a fé e a esperança; enfim, lhe rouba a semelhança com Jesus lhe imprime a imagem do demônio. É horrível! Tinha razão Santa Tereza de Ávila em dizer lhe que a visão de uma alma em pecado mortal a assustou ao ponto de suplicar a Deus e de interrompê-la. Mas quantos são os cristãos em pecado mortal, que se dão conta de possuir uma alma cadáver e de se parecer com o demônio? E como podem crer de amar a Deus, de amar Maria, se com o pecado se demonstram “odiadores de Deus” (Rm 1,30) e “transpassam a alma” de Nossa Senhora? (Lc 2,35).

O pecado venial

Não se pode deixar-se enganar. O pecado venial ofende a Deus e arruína o homem, embora não provoque os efeitos desastrosos do pecado mortal. São Tomás de Aquino nos avisa: “preferível, acima de tudo, antes morrer que cometer um só pecado venial ”. Os santos advertem a brutalidade do pecado venial segundo a medida do amor ardente de Deus. Por isso, dizia São João Crisóstomo, estamos prontos a temer mais uma ofensa leve a Deus, que o próprio inferno. De fato, Santa Catarina de Sena dizia de si: “queria estar antes no inferno sem pecado, que achar-me no céu manchada de coisa levíssima que magoe o Senhor”… Como faremos nós se nos manchamos todos os dias de culpas veniais com tanta superficialidade? Sabemos tomar cuidado para evitar qualquer mal-estar físico (até um resfriado) e, no entanto não nos curamos das doenças espirituais (impaciências, mentiras, negligências) que ofende a Deus e deformam a alma. Um dia, Santa Francisca de Chantal quis colocar com as suas mãos o cadáver de um leproso no caixão. Alguém tentou impedi-la, com medo do contágio da lepra. Mas a santa disse com decisão: “não temo outra lepra que o pecado!” Aprendamos.

 A pequena Jacinta

A menor dos três pastorzinhos de Fátima, Jacinta, foi a mais ardente vítima pelos pecadores. Ficou sendo para ela uma paixão: salvar os pecadores do inferno, oferecendo sacrifício de toda espécie. E andava atenta a sacrificar-se com empenho sempre novo. Encontrava pelas ruas os pobres e lhes dava a sua merenda, ficando de jejum até a noite; tinha uma sede ardente no mês de Agosto, e renunciava em beber a todos os custos; o irmão Francisco recolhia bolotas mais doces de uma árvore e lhe pedia as mais amargas para oferecer um sacrifício; tinha dor de cabeça e o barulho das rãs a incomodava, mais ela impedia ao irmão de afugentá-las, para oferecer mais um sacrifício. Devemos aprender desta menina a escutar os pedidos de Nossa Senhora sobre a necessidade de salvar os pecadores do inferno, colaborando na conversão deles, com a oração e a penitência.

Votos

-Beijar o chão pela conversão dos pecadores;

– Repetir com frequência a máxima de São Domingos: “antes morrer que pecar”;

– Todas as noites dizer um ato de dor pelo perdão dos pecados.


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