A palavra ¨Evangelho¨ vem do grego ¨evangélion¨, que quer dizer ¨Boa Notícia¨. Para os apóstolos era ¨aquilo que Jesus fez e disse¨(At 1,1). É a força renovadora do mundo e do homem.
A Igreja reconhece como canônicos (inspirados por Deus) os quatro Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Os três primeiros são chamados de ¨sinóticos¨ porque podem ser lidos em paralelo, já o de São João é bastante diferente. Existem também evangelhos apócrifos que a Igreja não reconheceu como Palavra de Deus. São os de Tomé, de Tiago, de Nicodemos, de Pedro, os Evangelhos da Infância, etc. Eles contém verdades históricas junto a narrações fantasiosas e heresias.
Os evangelhos são simbolizados pelos animais descritos em Ez 1,10 e Ap 4,6-8: o leão (Marcos), o touro (Lucas), o homem (Mateus), a águia (João). Foi a Tradição da Igreja nos séculos II a IV que tomou esta simbologia tendo em vista o início de cada evangelho. Mateus começa apresentando a genealogia de Jesus (homem); Marcos tem início com João no deserto, que é tido como morada do leão; Lucas começa com Zacarias a sacrificar no Templo um touro, e João começa com o Verbo eterno que das alturas desce como uma águia para se encarnar.
Jesus pregou do ano 27 a 30 sem nada deixar escrito, mas garantiu aos Apóstolos na última Ceia, que o Espírito Santo os faria ¨relembrar todas as coisas¨ (Jo 14, 25) e lhes ¨ensinaria toda a verdade¨ (Jo 16,13). Desta promessa, e com esta certeza, a Igreja que nasceu com Pedro e os Apóstolos, sabe que nunca errou o caminho da salvação. De 20 a 30 anos após a morte de Jesus os Apóstolos sentiram a necessidade de escrever o que pregaram durante esses anos, para que as demais comunidades fora da Terra Santa pudessem conhecer a mensagem de Jesus.