A catequese precisa aprender a escutar
Não tenha medo de escutar as suas crianças e jovens na catequese. Deixe que falem e contem seus dramas, angústias e êxitos. Aprenda a ouvi-los, sem medo. Muitos encontros de catequese acontecem apenas com o manual de conteúdos na frente e poderiam ser substituídos por atitudes mais acolhedoras dos catequistas. A simples escuta faz a diferença. Infelizmente muitos catequistas não sabem ouvir.No mundo corrido e apressado em que vivemos não guardamos tempo para a escuta. Não escutamos. Não interagimos.A pressa nos torna surdos e incapazes de prestar atenção no que o outro fala. Isso vale tanto na nossa relação de catequistas com as crianças e jovens, quanto na relação com os outros catequistas.A tagarelice toma conta! Blá, blá, blá, blá, muitas vezes, sem nada para dizer. Quando não há escuta, não há diálogo.A pior surdez é aquela que vem acompanhada da incapacidade de observação e da ausência total de sensibilidade. Irrito-me profundamente com quem não houve o que eu falo. Irrito-me mais ainda quando nem terminei de dizer o que estava dizendo e alguém puxa um outro assunto completamente fora do contexto do que eu estou falando.Eu falo demais, mas não peco por não saber ouvir. Ando me policiando neste sentido. Gosto de olhar nos olhos quando alguém fala comigo.Sinalizo com a cabeça esporadicamente, como forma de a outra pessoa saber que estou prestando atenção no que ela diz. Ajo assim com meus crismandos. Eles querem falar, dizer coisas e eu preciso saber ouvir. Tento fazer o mesmo no contato com os outros catequistas. Interfiro numa conversa somente quando acredito que a idéia de quem está falando foi concluída.O processo de escuta é uma troca de experiências, um exercício de atenção e comprometimento com o que outro tem a dizer.Escutar também é evangelizar.Claro, existem muitas vantagens em falar. Mas precisamos compreender que a escuta também pode produzir bons resultados. Escutar é uma habilidade tanto quanto falar.Observe se você como catequista, está sendo bom ouvinte. Preste atenção se você não é daquelas pessoas que interrompe constantemente os outros quando estão falando. Faça uma análise do seu comportamento como ouvinte com os seus colegas catequistas. Na sua família, na relação com os filhos, marido, esposa, namorado, namorada, amigos, como tem sido o seu processo de escuta? Como tem sido a sua observação aos sinais não-verbais que o outro apresenta para você?Numa conversa precisamos ter, entre outras coisas, contato visual. Olhe para pessoa com quem você está falando, mostre afirmação com movimentos de cabeça e expressões faciais apropriadas. Evite ações que distraiam. Faça perguntas, desde que elas estejam dentro do contexto do que o outro está dizendo. Faça transições suaves entre o seu papel de ouvinte e orador.Mostre interesse.Evite interromper o emissor.Não fale demais.Resumindo: ouvir, acompanhar, compreender, reagir e lembrar. Estes são os elementos do processo de escutaComo escreveu Kalil Gibran “A realidade da outra pessoa não é o que ela revela para você, mas sim o que ela não pode lhe revelar. Portanto, se você quer compreendê-la, escute não o que ela diz, mas sim, o que ela não diz”.A catequese precisa aprender a escutar.
Alberto Meneguzzi Jornalista e relações públicas formado pela Universidade de Caxias do Sul ( UCS), catequista de crisma há 20 anos na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes em Caxias do SuL/RSEditor do JORNAL LOURDES, publicação comunitária voltada à evangelização e responsável pela manutenção do site www.paroquiadelourdes.com.br. Profere palestras sobre "A catequese e a comunicação", "Os Pequenos gestos na relação pais e filhos e na catequese", "Os dias atuais e os desafios da evangelização", para pais, jovens, catequistas e liderenças pastorais.
Não tenha medo de escutar as suas crianças e jovens na catequese. Deixe que falem e contem seus dramas, angústias e êxitos. Aprenda a ouvi-los, sem medo. Muitos encontros de catequese acontecem apenas com o manual de conteúdos na frente e poderiam ser substituídos por atitudes mais acolhedoras dos catequistas. A simples escuta faz a diferença. Infelizmente muitos catequistas não sabem ouvir.No mundo corrido e apressado em que vivemos não guardamos tempo para a escuta. Não escutamos. Não interagimos.A pressa nos torna surdos e incapazes de prestar atenção no que o outro fala. Isso vale tanto na nossa relação de catequistas com as crianças e jovens, quanto na relação com os outros catequistas.A tagarelice toma conta! Blá, blá, blá, blá, muitas vezes, sem nada para dizer. Quando não há escuta, não há diálogo.A pior surdez é aquela que vem acompanhada da incapacidade de observação e da ausência total de sensibilidade. Irrito-me profundamente com quem não houve o que eu falo. Irrito-me mais ainda quando nem terminei de dizer o que estava dizendo e alguém puxa um outro assunto completamente fora do contexto do que eu estou falando.Eu falo demais, mas não peco por não saber ouvir. Ando me policiando neste sentido. Gosto de olhar nos olhos quando alguém fala comigo.Sinalizo com a cabeça esporadicamente, como forma de a outra pessoa saber que estou prestando atenção no que ela diz. Ajo assim com meus crismandos. Eles querem falar, dizer coisas e eu preciso saber ouvir. Tento fazer o mesmo no contato com os outros catequistas. Interfiro numa conversa somente quando acredito que a idéia de quem está falando foi concluída.O processo de escuta é uma troca de experiências, um exercício de atenção e comprometimento com o que outro tem a dizer.Escutar também é evangelizar.Claro, existem muitas vantagens em falar. Mas precisamos compreender que a escuta também pode produzir bons resultados. Escutar é uma habilidade tanto quanto falar.Observe se você como catequista, está sendo bom ouvinte. Preste atenção se você não é daquelas pessoas que interrompe constantemente os outros quando estão falando. Faça uma análise do seu comportamento como ouvinte com os seus colegas catequistas. Na sua família, na relação com os filhos, marido, esposa, namorado, namorada, amigos, como tem sido o seu processo de escuta? Como tem sido a sua observação aos sinais não-verbais que o outro apresenta para você?Numa conversa precisamos ter, entre outras coisas, contato visual. Olhe para pessoa com quem você está falando, mostre afirmação com movimentos de cabeça e expressões faciais apropriadas. Evite ações que distraiam. Faça perguntas, desde que elas estejam dentro do contexto do que o outro está dizendo. Faça transições suaves entre o seu papel de ouvinte e orador.Mostre interesse.Evite interromper o emissor.Não fale demais.Resumindo: ouvir, acompanhar, compreender, reagir e lembrar. Estes são os elementos do processo de escutaComo escreveu Kalil Gibran “A realidade da outra pessoa não é o que ela revela para você, mas sim o que ela não pode lhe revelar. Portanto, se você quer compreendê-la, escute não o que ela diz, mas sim, o que ela não diz”.A catequese precisa aprender a escutar.
Alberto Meneguzzi Jornalista e relações públicas formado pela Universidade de Caxias do Sul ( UCS), catequista de crisma há 20 anos na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes em Caxias do SuL/RSEditor do JORNAL LOURDES, publicação comunitária voltada à evangelização e responsável pela manutenção do site www.paroquiadelourdes.com.br. Profere palestras sobre "A catequese e a comunicação", "Os Pequenos gestos na relação pais e filhos e na catequese", "Os dias atuais e os desafios da evangelização", para pais, jovens, catequistas e liderenças pastorais.